Nos dias atuais tornou-se tão comum as filas,
habitualmente observadas em: em bancos, casas lotéricas, supermercados,
Previdência Social, entrada de estádio de futebol e shows, escolas,
universidades e hospitais, porém o mais curioso é que; até em atendimentos virtuais existem filas, eu
poderia ainda usar umas dezenas de linhas para enumerar todos os tipos de filas,
no entanto as poucas citadas já nos causam uma profunda indignação.
Existem filas organizadas, desorganizadas, filas
de curral, filas demarcadas, filas sentadas, filas em pé, filas dentro e fora,
filas no sol e filas no ar refrigerado, filas pra pagar e pra receber,
entretanto acontece que de todos os tipos e formas de filas citadas não passam
de mera humilhação a quem se submete ao extremo ridículo de ter que pagar ou receber,
notadamente de pagar a credores/fornecedores que humilham seus clientes até na
hora de receberem seus concernentes dividendos e pagamentos.
Em quase todas as cidades brasileiras existem
legislações municipais estabelecendo regras para as ditas filas, algumas das
referidas leis estabelecem tempo de espera em quinze (15) minutos outras em até
trinta (30) minutos, mas, na verdade ninguém cumpre estas leis e por outro lado
ninguém também fiscaliza seu cumprimento, ao certo que os consumidores na hora
de honrarem seus compromissos se exprimem em gigantescas filas para
simplesmente engordarem os lucros daqueles que gananciosamente já os roubam no
ato inicial de cada negocio realizado.
O mais lamentável de tudo isso é a passividade do
brasileiro que nada reclamam; nada contestam e tudo parece esta bem, não quero
aqui incentivar a desordem do sistema financeiro brasileiro, mas, bastaria que
os humilhados por um dia em pelo menos um semestre se negassem em submeterem-se
ao ridículo das deploráveis filas receptoras de dividendos e pagamentos, o que
ocasionaria um impacto contábil negativo nesse dia os credores/fornecedores,
forçando os mesmos a tomarem providencias humanas e lógicas de mercado, conduta
praticada substancialmente em países desenvolvidos.
Quanto às demais filas que tal se os humilhados
deixassem de irem aos estádios de futebol e aos shows, quanto as grandes redes
de supermercados deixassem um dia de frequenta-los, e quanto à Previdência Social
e aos hospitais públicos se no dia de eleição que também se formam filas os
humilhados boicotassem as previsões eleitorais votando inteligentemente, talvez
assim pudéssemos todos desfrutar se não de um resultado positivado, pelo menos
de um dia de vingança ao descaso generalizado das filas.
São Luís/MA, 21 de março de 2012.
José Roberto Menezes de Azevedo
Atualmente
a disposição da SPCI.azevedomenezes@hotmail.com