Ultimamente
o noticiário jornalístico Policial do Maranhão tem me causado uma inquietação
insustentável, vez que; por ser Policial, e ainda por sua vez homem público me
remete a outras obrigações que vão alem do servir, levando-me a uma reflexão mais
ampla da atual conjuntura política e criminal em que vive o Estado do Maranhão.
Recentemente
o jornalista Dercio Sá foi assassinado barbaramente em um bar na Avenida
Litorânea em São Luis do Maranhão, no entanto as investigações que iniciaram-se
modestamente. Com o curso da pressão popular e jornalística maranhense tomou
dimensões cinematográficas, levando a Secretaria de Segurança Publica do Estado
do Maranhão a designar mais de vinte renomados Delegados conjuntamente com pelo
menos oitenta Investigadores, Peritos e Escrivães para as investigações.
Inicialmente
a imprensa Maranhense assim como nossa população subestimou a capacidade da
Policia Civil Maranhense em elucidar o caso, valendo-nos ressaltar que esta
investigação tratou-se de uma complexidade inimaginável, fato; pelas
pouquíssimas pistas deixadas, no entanto o empenho Estatal através da Delegacia
competente, assim como da Polícia Federal/MA rompeu todas as barreiras elucidando
em tempo recorde este crime; cujo abalou a sociedade assim como o seio
Jornalístico Maranhense.
Porém
esta angustia atual em que vive a sociedade Maranhense me remeteu a uma
profunda reflexão jurídica social; na qual para amparar-me em respostas embarco
no presente e o no passado, tentando vislumbrar uma resposta.
Viajando
no passado lembro-me do Ex Secretario de Segurança Pública do Maranhão o atual
deputado Estadual Raimundo Cutrim o qual em sua primeira gestão foi plenamente
rigoroso cujo não media palavras para imputar acusações a Policiais Civis ou
Militares do Maranhão, inclusive patrocinando algumas vezes punições a revelia
da ordem jurídica brasileira.
Contudo
em analise atual vejo o homem Ex Chefe da Segurança Pública do Maranhão
completamente abatido, embora seja ele detentor de foro privilegiado, suas
palavras não soam mais como as de antigamente quando imputava a Delegados, Investigadores, Escrivães, Comissários ou Policias Militares crimes
ou transgressões Policiais.
Não
quero aqui formar opinião acerca do crime contra o Jornalista Dercio Sá, apenas
lembrar que quem acusa; fala com soberba, quem se defende fala com fragilidade,
embora que seja plenamente inocente; são os ritos destes meios.
Inobstante
é oportuno lembrar uma passagem bíblica bastante conhecida; quando Jesus Cristo
disse: “atire a primeira pedra aquele dentre voz que não tem pecado”, com isso
não quero dizer que o Deputado Raimundo Cutrim esteja sendo apedrejado, todavia
lhe provocando lembranças de que o mesmo não passa de um mortal sujeito às
regras cristães e jurídicas nacionais, nas quais o mesmo tem o pleno dever de
publicamente apresentar sua defesa das imputações que ora lhes recaem.
São Luis/MA, 24 de junho de 2012.
O autor: José Roberto
Menezes de Azevedo é investigador de Policia Civil
Do Maranhão, matemático e
estudioso do direito;Atualmente de volta ao comando da DP de Humberto de Campos/MA
azevedomenezes@hotmail.com