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O autor |
Oito (8) anos é o tempo que os policiais civis do
Maranhão estão sem reposição das perdas da inflação em seus salários, sem
nenhuma correção salarial ao longo desse período amargam um verdadeiro desastre
em suas finanças familiares, tal situação os levaram gratuitamente ao sistema
financeiro dos empréstimos consignados e cartão de credito consignado, os quais
hoje comprometem nada menos do que 55% (cinquenta e cinco porcento) do líquido
de seus salários, mas a tragédia financeira não para por ai, ainda tem
policiais atolados em outras dividas fora desse sistema de consignados, como:
financiamento de casa própria, veículos, impostos, IPTU, IPVA e etc.
Não é preciso
ser um grande matemático para compreender os efeitos negativos dessa conta,
enquanto os salários permanecem há oito (8) anos congelados, a inflação segue livremente
devorando a cada ano a capacidade aquisitiva destes modestos servidores
públicos, cujas perdas com o acumulado inflacionário, já encontra-se em torno de 54% (cinquenta e quatro porcento),
como se vê, a matemática, da não correção salarial, somados a 55% de
comprometimento com empréstimos consignados, mais 54% de inflação no período,
não pode jamais resultar em uma matemática positiva, só não enxerga essa
tragédia financeira dos policiais civis do Maranhão quem não quer enxergar, mas
a verdade esta bem visível ao olhos de todos.
O governo maranhense por
sua vez ao longo do período citado, não tem demonstrado traumas em sua
arrecadação, nem tampouco tem ultrapassado os limites de comprometimento da
arrecadação com a folha de pagamento dos servidores públicos, ao contrario o
governo tem demonstrado nas mídias maranhense que tudo esta bem, inclusive com
bastante ênfase de sucesso no Sistema de Segurança Publica do Estado do
Maranhão, bem como reiterado o equilíbrio
e a responsabilidade com a conta pública do estado.
Essa atual temática
financeira negativa, é a principal responsável pelos altos níveis de
endividamento desses profissionais, contudo os bons ventos não estão para os
policiais civis maranhenses, recentemente o congresso brasileiro aprovou nova
legislação financeira de concessão de consignados para servidores públicos,
elevando a margem consignável dos salários dos servidores de 30% (trinta
porcento) para 35% (trinta e cinco porcento), e de 5% (porcento) para 10% (dez
por cento) nos cartões de credito consignado, ocorre que a regulamentação dessa
nova legislação pelo Estado do Maranhão, ao invés de beneficiar os servidores
do estado, afundou-os ainda mais, uma vez que, o calculo dessa nova margem é
feita em cima do liquido do salario, quando antes era feita em cima do bruto,
de maneira que a nova concepção desses cálculos ao invés de aumentar as margens
consignáveis do contracheque do servidor publico como era pretendido, na
verdade diminuiu, negativando as margens que antes eram positivas ou pouco
negativas, impossibilitando-os ainda mais de negociar suas dividas com os
bancos credores de consignados, desta forma, o que era pra ser beneficio se
transformou também em agravantes do dilema financeiro dos policiais civis do
maranhão, assim como de todos os servidores do estado do maranhão.
Diante desse quadro
caótico, aliado a outros problemas de ordem estrutural em que passa atualmente a
Policia Civil do Maranhão a tendência ao caos é mais que provável, os policiais
civis não tem se calado diante desse quadro, recentemente reunidos em uma
manifestação em frente a antiga REFESA levaram a conhecimento publico a insustentabilidade
desse quadro caótico, e se nada for feito em caráter de urgência para resolução
das demandas desta narrativa, uma pergunta ficara no ar: “o que será dos
policiais civis do maranhão?”.
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O autor: Jose roberto Menezes de Azevedo,
É Investigador de Policia Civil do Maranhão, (aposentado)
Graduado nas áreas do Direito, Matemática, Administração e Teologia,
Pós graduado em Direito Penal e Processual
Atualmente Operador do Direito
Contatos: azevedomenezes@hotmail.com
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